quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Manchas de Sol - Parte 4

Pra não deixar fevereiro, o menor mês do ano de lado, capturei alguns manchas dia 14, e pude observar uma grande mudança desde que o verão iniciou. Pelo fato de haver um prédio em frente a minha casa, antes o Sol incidia mais cedo. Hoje o Sol incide mais tarde, pois esse prediozinho serve como barreira.
E como estamos nos aproximando do Outono, até o formato da mancha foi alterada.
Dia 14 de fevereiro, às 07h 52, e em seguida, às 08h 45:



















Em cerca de 1 hora, a mancha evoluiu muitooooo..... E às 10h 16, ela achatou-se:

DUAS SEMANAS DEPOIS, e nova captura de imagens, exatamente dia 02 de março, hoje!!
Às 07h 55, e em seguida às 10h 25:


















É perceptível a comparação das fotos tiradas antes das 8 e às 10 da manhã, nos dias 14 de fevereiro e 02 de março. A inclinação está diminuindo e a mancha se desloca cada vez mais para o corredor de circulação do quarto. A mudança é ocasionada transição de estações e pelo prédio em frente a minha casa, que influencia e muito no percurso solar e no desenho das manchas. :)

Brises, Cobogós e muito mais.....

ELEMENTOS VAZADOS

Cobogós, Brises e Muxarabis

O elemento vazado é um ótimo artifício utilizado para barrar a insolação para dentro das edificações, principalmente no Brasil, em que o grande uso de vidro acarreta em excesso de sol e um superaquecimento dos ambientes internos.
Os elementos vazados além de permitir a circulação de ar e entrada de luz criam uma textura diferente na fachada. Tornando o interior da edificação mais agradável, diminuindo assim a utilização de ar condicionado. Pode-se destacar o cobogó, o brise-soleil e o muxarabi.

O Cobogó é um tijolo vazado, um elemento totalmente brasileiro que foi criado em Pernambuco, na década de 30, denominado de tal forma por causa dos seus criadores: Amadeu COimbra, Ernest BOeckmann e Antônio de GÓis, foram utilizados amplamente pelos modernistas Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, entre outros, retornando com toda força nas obras contemporâneas, também como divisórias internas.

Foram evoluindo e passaram a ser fabricados não somente de cimento, como também de argila, vidro, cerâmica, etc, com diversas formas e tamanhos. Funciona para fechamento ou divisão de ambientes permitindo a passagem de luz e ventilação, mantendo a privacidade em ambientes muito abertos e garantindo imagens próximas a rendilhados, que variam de forma durante o dia de acordo com a incidência solar.

A Caixa d'Água de Olinda foi a primeira obra brasileira a utilizar o brise de concreto e de buraquinhos redondos. Feito à perfeição para o clima do Nordeste brasileiro, os cobogós são paredes que mantêm a privacidade e ao mesmo tempo abrem-se à ventilação. Consagrado arquiteto brasileiro, o paulista Marcio Kogan projetou a Casa Cobogó, toda ela envolvida por elementos vazados.















O Brise-Soleil (expressão francesa cuja tradução seria quebra-sol, embora seja comum a utilização da palavra brise em português) é um dispositivo arquitetônico utilizado para impedir a incidência direta de radiação solar nos interiores de um edifício, para a fim de evitar a manifestação de um calor excessivo. Foi um dos principais elementos compositivos utilizados pela arquitetura moderna.

Os brises podem ser compostos de materiais diversos, sendo mais comum o concreto, a madeira e o alumínio, como também de zinco ou vidro. Normalmente caracterizam-se como uma série de lâminas, móveis ou não, localizadas em frente às aberturas dos edifícios. No caso de serem móveis, permitem que conforme a necessidade e a conveniência sejam reguladas para aumentar ou diminuir a insolação no ambiente em questão.

O tamanho, o material, a posição das lâminas (horizontais ou verticais) e seu espaçamento são definidos pelo ângulo de incidência dos raios solares e pela quantidade de luz que se queira barrar.

No Brasil, o primeiro projeto a utilizar o brise-soleil foi o emblemático edifício Gustavo Capanema (1936-1945), no Rio de Janeiro, projetado pelos arquitetos Lucio Costa, Carlos Leão, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Ernani Vasconcellos e Jorge Machado Moreira.
Em São Paulo, sua utilização mais famosa se dá no Copan (1951-1966), projetado por Niemeyer.


Os Muxarabis são balcões fechados por treliças usados pelos árabes para fechar parcialmente os ambientes de maneira que quem está dentro possa ter visão total do lado externo, porém quem está fora não consegue ter uma boa visão do interior dando assim privacidade ao ambiente. Mas a principal função do muxarabi no mundo árabe era proteger as mulheres de olhares masculinos. Ele foi aproveitado e adaptado pela arquitetura ocidental especialmente em países tropicais para preservar a ventilação e a iluminação dentro dos ambientes e estão presentes na arquitetura colonial, sendo retomado por Niemeyer, Lúcio costa e Lina Bo Bardi.
















Brises, cobogós, muxarabis e treliças partem da mesma premissa: ventilar e proteger, manter a claridade, abrir-se à paisagem, servir de anteparo aos raios solares e, de preferência, adornando de beleza o edifício, brincando de esconde-esconde com o Sol e desenhando grafismos de sombra do lado de dentro da casa.

REFERÊNCIAS:

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Evolução das Manchas de Sol - Parte 3

Dia 20 de janeiro, às 07h 38:

Observa-se o Sol em minha cama,
só pra variar.
Ele incide diretamente nos meus
pés.

















Às 09h 31:






















Percebe-se que 2 horas depois, a mancha de Sol deslocou-se muito e sua forma também foi alterada. Tendo como referência o pé da cama, a mancha está somente no chão e mais próxima da janela como veremos nas fotos abaixo.
























Já às 10h 35, a mancha está quase acabando :).











sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Manchas de Sol - Parte 2

E a saga continua.... As manchas de Sol não desaparecem, aff, e o verão mal começou!

Dia 04 de janeiro de 2013, às 07h 16:






















Às 9h 17:
















Às 10h 07:














Como esqueci de tirar uma foto às 8 horas, aqui está uma do dia 09 de janeiro, 8h 20, exatamente.

Manchas de Sol.....

Desde o início do semestre, foi proposto a captura de imagens das manchas de sol. Aqui está uma evolução dessas manchas, aparentes no meu quarto.

Dia 02 de dezembro de 2012, às 8h 14:






















Dia 24 de dezembro, às 7h 54:






















Dia 25 de dezembro de 2012, às 9h 19:






















Percebe-se que somente a partir das 8 horas que o Sol deixa de fazer companhia pra mim(que ironia!), pois desde às 6 horas ele está lá, determinado a acordar a minha pessoa.
Depois de sair da minha cama, a mancha vai direcionando ao chão e diminui até sumir antes do meio-dia.

Simulação de manchas de sol em meu quarto

Solstício de Verão:
















Equinócio de Outono:















Solstício de Inverno:
















Equinócio de Primavera:















As melhores épocas são os EQUINÓCIOS, pois o Sol incide no meio do quarto, que é a área de circulação.
No SOLSTÍCIO DE VERÃO, o Sol incide na minha cama, aff, esquentando muitoooo....
Já no SOLSTÍCIO DE INVERNO, o Sol incide nos 2 guarda-roupas!

Com base nisso, alguns móveis, a exemplo da minha cama não estão posicionados de forma correta.

Se houvesse algum tipo de cobertura fixa ou móvel que avançasse em direção ao muro que fica em frente a minha janela, o Sol no verão deixaria de me acordar tão cedo....rsrsrs, sendo a única época que a incidência incomoda realmente.




Cadastro do meu quarto e aberturas

Consegui encontrar uma planta baixa do meu pavimento (TÉRREO), mas não pude editar o PDF.




































Então colei no Paint e.... resultou nisso. Abaixo estão as medidas do quarto 4, onde me
localizo... rsrsrs...



















Obs: Altura da janela: 1,10m
        Altura da porta: 2,10 m
        Pé direito: 3 m

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Exercício 2 - Síntese do Cap. 3


Capítulo 3 – NOÇÕES DE CLIMA E ADEQUAÇÃO DA ARQUITETURA

Noções de Clima

- Elementos climáticos e arquitetura: Ao construirmos espaços que se adequem ao clima local, amenizando sensações de desconforto causadas pela oscilação de temperatura, umidade relativa, radiação solar, nebulosidade, ventos, índices pluviométricos, modificamos o desempenho térmico dos espaços construídos.

- Radiação Solar: Influencia na distribuição da temperatura do globo e varia de acordo com a estação e a latitude.

- Movimento e posição aparente do Sol: Depende da latitude (relativa a linha do Equador) e resulta em solstícios, dias típicos no qual o Sol incide nos trópicos às 12hs e em equinócios, dias que possuem noite e dia com a mesma duração de horas.

- Latitude: Quanto maior for a latitude de um local, menor será a incidência solar recebida e as temperaturas do ar tenderão a ser POUCO elevadas.

- Brisas terra-mar: Geralmente ocorrem em regiões litorâneas, pela diferença de calor específico de ambos, resultando em uma grande circulação de ar.

- Topografia: A temperatura é afetada, visto que relevos acidentados geram barreiras aos ventos, diferentes formas de recepção de radiação e condições de umidade.

- Revestimento do solo: Maior umidade gera maior inércia térmica, e consequentemente menor amplitude térmica em locais úmidos.
Materiais urbanos de revestimento desencadeiam alterações tanto na umidade quanto na porosidade e pluviosidade locais.

Adequação da Arquitetura ao Clima

Clima Urbano – ILHAS DE CALOR (geradas pela modificação do solo – revestimento de concreto, asfalto e drenagem).
Cidades produzem calor – equipamentos de combustão diversos, poluição e barreiras aos ventos e ao sol (prédios).
O ideal, na arquitetura, é não lançar mão de equipamentos de refrigeração ou aquecimento, utilizando apenas recursos naturais.
A umidade relativa do ar age como uma barreira para evitar uma grande variação na amplitude térmica.
Deve-se pensar nos tipos climáticos, visto que os climas do Brasil predominam entre quente úmido e quente seco, levando-se em conta o tamanho das aberturas, vegetação, largura das ruas, altura das edificações, materiais construtivos, como também as cores escolhidas à pintura.